sábado, 26 de julho de 2008

UBES completa 60 anos


Nesta sexta-feira (25/07), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) completa 60 anos. Sua fundação aconteceu no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, em 1948. Luan Chagas (foto), diretor da União Paranaense dos Estudantes (UPES) em Guarapuava, explica que a UBES tem por objetivo defender os direitos de estudantes e professores e a qualidade da educação de maneira ampla.

Chagas lembra que a entidade esteve presente em muitas lutas históricas do país, como a Campanha "O petróleo é nosso" e pelo voto aos 16 anos, entre outras. Hoje, algumas das lutas dos estudantes em todo o país são pela reserva de vagas em Universidades Públicas a estudantes oriundos do ensino público e pelo passe-livre em transporte coletivo. "Todo mundo fala que o movimento estudantil parou na época do "Fora Collor" e isso é uma mentira. Hoje também temos muitas lutas", ressalta.

Para o futuro da entidade, o jovem espera algo "glorioso, de comemorações pelas conquistas e colocações de novas pautas [reivindicações]". "Enquanto tiver estudantes, terá a UBES e vai ter lutas para melhorar a educação", conclui.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ubes comemora 60 anos em defesa do Brasil e da educação

No dia 25 de Julho comemora-se 60 anos de uma das entidades mais importantes do país, a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). Desde muito cedo os secundaristas lutam em defesa do Brasil e da educação. Nesta sexta-feira (25), às 10 horas, o Ceffet do Maracanã, no Rio de Janeiro, abrigará uma solenidade de comemoração. Ex-presidentes da entidade serão homenageados com uma placa comemorativa e a exibição de um vídeo sobre a história da entidade.

Por Thiago Mayworm*

A Ubes é da nação, mas nasceu carioca. Fundada em 1948, na Praia do Flamengo, número 132, ainda 'criança', na década de 50 e ao lado da UNE, foi uma das protagonistas da vitoriosa campanha “O Petróleo é nosso”, que culminou em uma das maiores conquistas do nosso povo: a Petrobras. A entidade destacou-se nas lutas pelo fim da ditadura militar e pela redemocratização do país. Nos anos 80, lá estava a Ubes nas articulações pela aprovação do voto aos 16 anos. Essa conquista, somada a outras, possibilitou à juventude maior poder de protagonismo nas eleições, elegendo inúmeros candidatos - jovens ou não - à diversos espaços institucionais no país. Isso contribuiu para a elaboração, proposição e execução de projetos de seu interesse junto à sociedade e à governos. Graças a lei do voto aos 16, milhares de jovens com até 17 anos poderão dar o seu primeiro voto nestas eleições municipais de 2008. Em 1992, a luta pela derrubada de Fernando Collor do governo central foi majoritariamente impulsionada por milhares de estudantes secundaristas que brotavam, como estrelas, das mais diferentes ruas do país. Fernando Henrique Cardoso também experimentou o espírito dessa onda de mobilizações nos difíceis anos do seu governo neoliberal.

Uma nova escola para um novo Brasil

A Ubes teve papel destacado na eleição e reeleição do presidente Lula e hoje, nos marcos desse momento de maior democracia, a entidade luta incessantemente por uma nova escola, bem diferente daquela que ainda temos hoje no país. Defendemos uma escola que, além de valorizar a cultura e a história afro-brasileira, ensine sociologia e filosofia no ensino médio, que garanta materiais didáticos aos estudantes, bibliotecas, laboratórios de ciências e de informática com acesso à banda larga, que seja um espaço onde a comunidade escolar (funcionários, estudantes, pais e professores) tenham o direito de eleger seu diretor e participar da gestão através dos conselhos escolares, dos grêmios estudantis e demais instrumentos de participação. Lutamos por uma escola que valorize o profissional de educação com salários dignos e boas condições de trabalho e que sirva ao desenvolvimento nacional e à soberania do Brasil. Também queremos uma escola que apresente futuro, que esteja aberta à toda a comunidade por período integral, com atividades extra-curriculares ligadas à ciência, ao lazer, ao esporte, à educação, à cultura e ao incentivo da profissionalização. Um lugar onde se possa sonhar grande, seja com um diploma de Medicina em uma universidade pública, seja com uma medalha para o Brasil nas Olimpíadas, seja com um espaço no mercado de trabalho digno e valorizado.

É no caminho dessa luta que a Ubes completa 60 anos. É se inspirando na história da entidade que nos sentimos preparados para superar os desafios do presente e construir os sonhos do futuro. Nos próximos 60 anos - que certamente serão de muitas conquistas na defesa de uma nova escola e de um país mais justo - como muitos antes de mim, acompanharei os passos dessa velha amiga e sei que nela sempre verei o sorriso da criança inquieta e traquinas, mas que também é séria e faz valer à pena uma vida de sonhos e de lutas.

Viva o Brasil, Viva a Ubes e os estudantes!

*Thiago Mayworm é diretor de Políticas Institucionais da Ubes.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Vitória dos estudantes: Senado aprova o fim da DRU para a educação

Lideranças estudantis ligadas a UNE e a UBES comemoram aprovação do projeto da senadora Ideli Salvatina sessão desta quarta-feira (2). Para as entidades, os R$7 bilhões a mais no orçamento devem ser destinados a ampliação e melhoria da qualidade de ensino do sistema público de educação
Foram dois dias de vigília nos corredores do Senado. Nas mãos uma carta elaborada por estudantes ligados a UNE e a UBES reivindicando a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 96/03) que reduz gradualmente, a partir de 2009, até 2010, os percentuais de Desvinculação das Receitas da União (DRU) sobre as verbas destinadas à manutenção e desenvolvimento da educação previstos na Constituição.
O fim da DRU para a educação é uma antiga reivindicação do movimento estudantil que na sessão desta quarta-feira (2) foi atendida. A aprovação do projeto da senadora Ideli Salvati destinará R$ 7 bilhões a mais ao orçamento da educação.
"Esse valor deve ser aplicado para ampliar e melhorar o ensino público em todo o País. O Brasil tem uma dívida imensa com a áera educacional. Precisamos aumentar os investimentos públicos para garantir educação de qualidade para todos, do ensino básico à universidade", disse a presidente da UNE, Lúcia Stumpf.
Em 2011, conforme a proposta, haverá a extinção da DRU para a educação. Com isso, o governo não poderá mais destinar essas receitas para outras finalidades, inclusive o pagamento da dívida.
Ideli Salvatti disse que a inflação brasileira está em 5,6%, o que dá ao país tranqüilidade para aprovar a PEC. "É preciso tirar isso da Constituição para que nenhum governo caia na tentação de desviar recursos da educação", frisou, sob os aplausos dos estudantes presentes nas galerias.
Segundo a senadora, desde a criação da DRU, R$ 72 bilhões deixaram de ser destinados ao setor.
Agora o projeto será votado na Câmara dos Deputados. "Vamos continuar mobilizados para consolidar essa conquista. Faremos abaixo assinados e manifestações por todo o País para garantir mais investimentos na educação, setor estratégico para o desenvolvimento nacional", completou Lúcia.
Para o presidente da UBES, Ismael Cardoso, "a DRU atingiu fortemente os investimentos em educação durante anos. O fim da taxação representa uma nova perspectiva para o ensino básico, fundamental e superior no Brasil que inclui a democratização do acesso e mais qualidade de ensino nas três esferas".
Qual o impacto da DRU na educaçãoRenovada em dezembro pelo Congresso, a DRU autoriza o governo a desvincular 20% de todos os tributos condicionados a gastos específicos - exceto as contribuições patronais e dos empregados para a Previdência - e destinar os recursos para outros gastos considerados mais urgentes. O mecanismo foi criado ainda na primeira gestão de Fernando Henrique Cardoso, para dar ao governo maior flexibilidade no sentido de enfrentar a crise fiscal (desequilíbrio entre receitas e despesas) verificada naquele momento.
O percentual de desvinculação será reduzido à metade (10%) em 2009, caindo para 5% em 2010, por força de emenda apresentada pelo relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o falecido senador Jefferson Péres. Originalmente, Ideli previa três anos até a extinção, com queda gradual no percentual de incidência para 15%, em 2008, 10%, em 2009 e, por fim, 5%, em 2010.Da RedaçãoCom Agência Senado

Comissão de Educação aprova reserva de vagas em instituições federais e tecnológicas

O projeto da senadora Ideli Salvatti, foi votado na última terça-feira (1) em decisão terminativa no Senado Federal. UNE e UBES consideram a aprovação positiva, mas ressaltam que a universidade brasileira precisa democratizar o acesso
Os estudantes que tenham cursado integralmente o ensino fundamental e médio em escolas públicas terão direito a pelo menos metade das vagas a serem oferecidas por instituições federais de ensino superior e de educação profissional e tecnológica. A medida consta do Projeto de Lei 546/07, de autoria da senadora Ideli Salvatti, aprovado nesta terça-feira (1) em decisão terminativa pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal.
De acordo com o projeto, essas vagas deverão ser preenchidas, em cada curso e em cada turno, por estudantes oriundos de escolas públicas e haverá também cota para os que se declarem negros e índios, pelo menos em igual proporção à participação de negros e índios na população da unidade da federação onde for instalada a instituição de ensino. Por emenda apresentada pelo relator, senador Paulo Paim (PT-RS), pessoas com deficiência terão acesso às vagas reservadas independentemente do fato de terem estudado em escolas públicas.
O texto que foi submetido à votação da CE previa inicialmente a reserva de vagas apenas para as instituições federais de educação profissional e tecnológica. A inclusão de instituições de ensino superior foi sugerida, durante o debate, pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO) e prontamente aceita pela autora e pelo relator do projeto.
Para a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, "esta aprovação é uma vitória para os estudantes, uma vez que ela facilita o ingresso de pessoas, que sem essas medidas não chegariam até a universidade. Porém para melhorar a educação outras atitudes devem ser tomadas, como a ampliação das universidades públicas e políticas de assistência estudantil para garantir que esses estudantes possam concluir o seu curso".
"A universidade pública brasileira é contraditória, pois a maioria dos estudantes vêm de escolas privadas, isso é resultado da má qualidade da educação, alguma coisa precisava ser feita. Essa aprovação não é a medida ideal, mas vai ajudar a democratizar a universidade. Por isso, a UBES vai continuar pressionando para que o projeto seja aprovado em sua totalidade", declarou o diretor de Relações Institucionais da UBES, Thiago Mayworn.Da redaçãoCom Agência Senado

Escolas serão incentivadas a abrir nos finais de semana

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou no dia 1.º o projeto de lei que incentiva a abertura das escolas públicas em feriados, finais de semana e recessos escolares, com o objetivo de oferecer atividades extracurriculares para os alunos e a comunidade.O projeto altera o Artigo 1.º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e foi aprovado em caráter terminativo, ou seja, não será apreciado no plenário da Casa, seguindo direto para análise da Câmara.O senador Expedito Júnior (PR-RO), autor da proposta, lembrou que a iniciativa já acontece espontaneamente em algumas escolas, mas que agora será regularizada.O projeto prevê o repasse de verbas do Plano Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para apoiar a abertura das escolas.
Fonte:http://www.nota10.com.br/

Olha só, agora vamos poder abrir nossas escolas também nos finais de semana, tornar um verdadeiro lugar de educação e democracia, realizar diversas atividades e principalmente incentivar a uma nova forma de escola, uma escola que seja verdadeiramente nossa, com democracia, cultura, lazer e qualidade.